sábado, 8 de agosto de 2009

O Milagre da Amizade



Marcelo estava voltando para casa, vindo da escola, quando percebeu que o garoto andando à sua frente tinha tropeçado deixando cair tudo: os livros que carregava, uma bola de futebol, e um pequeno aparelho de som. Marcelo ajoelhou-se e o ajudou a pegar os objetos que estavam espalhados pelo chão.

Como estavam indo para o mesmo lado, Marcelo ajudou a carregar uma parte dos objetos. Enquanto caminhavam Marcelo descobriu que o nome do garoto era Fábio, que adorava vídeo game, futebol e história, que tinha muita dificuldade com algumas matérias, e que tinha acabado de terminar com sua namorada.

Eles chegaram a casa de Fábio primeiro, e Marcelo foi convidado a entrar para tomar um suco e assistir um pouco de televisão. A tarde passou, agradavelmente, com algumas risadas e um papinho de vez em quando, até que Marcelo foi para casa.

Eles continuaram a se encontrar na escola, almoçavam juntos de vez em quando, e ficaram amigos durante anos até que se formaram.


No dia da formatura, Fábio pediu a Marcelo para conversarem e lembrou do dia, anos atrás, quando se conheceram.


Fábio perguntou:


- Você nunca teve a curiosidade de saber por que eu estava carregando tantas coisas para a minha casa naquele dia? Eu estava limpando o meu armário na escola porque não queria deixá-lo bagunçado para a próxima pessoa que o fosse usar. Naquele dia, eu tinha escondido alguns dos calmantes da minha mãe e estava indo para casa para cometer suicídio. Mas depois de termos passado aquela tarde juntos, conversando e rindo, percebi que se eu tivesse me matado, teria perdido aquele momento e tantos outros que estariam por vir. Marcelo, quando você me ajudou a pegar aqueles livros do chão, você fez muito mais do que somente me ajudar. Você salvou a minha vida.

Cada pequeno "olá", cada pequeno sorriso, cada pequena ajuda é capaz de salvar um coração machucado.



Há um milagre chamado "Amizade".

Você não sabe como ela aconteceu ou quando começou, mas você percebe a alegria que ela nos proporciona.

Amigos são jóias preciosas, realmente. Eles nos fazem sorrir e nos encorajam para o sucesso.



Vá até seus amigos e diga o quanto eles são importantes para você!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Nosso cérebro


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De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em

qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma

bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não

lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.


Sohw de bloa.

Arbaço rpa dotos!

sábado, 25 de julho de 2009

Perceber Deus

1 O Anjo do Senhor, encontrando Agar no deserto junto de uma fonte que está no caminho de Sur 2,disse-lhe: “Agar, escrava de Sarai, donde vens? E para onde vais?” “Eu fujo de Sarai, minha senhora”, respondeu ela.O Anjo o Senhor lhe disse:“Volta para a tua senhora,e humilha-te diante dela.” Disse ainda mais: “Estás grávida, e vai dar à luz um filho: e lhe porás o nome de Ismael, porque o Senhor te ouviu na sua aflição 3. Agar deu ao Senhor que lhe tinha falado o nome: Vós sois El-roí, “porque, dizia ela, não vi eu aqui mesmo o Deus que me via?” 4 E por isso deu-se aquele poço o nome de Lahai-roí; ele se encontra em Cadés Barad. 5

Hoje a grande necessidade dos “cristãos” é perceber Deus, todos se preocupam em sentir Deus, é um tal de: “Fui tocado por Deus naquele momento; Nossa!Eu senti Deus naquela hora que fulano pregava…”; Não estou querendo dizer que sou contra “sentir Deus” (como se isso fosse mudar alguma coisa), mas nós devemos nos preocupar primeiramente em “Perceber Deus”. Se quando estamos num momento de oração e sentimos a presença de Deus é muito bom, mas a questão é, Deus não estava com você somente naquele momento em que você o sentiu, Ele está sempre com você, mas fez visível sua presença naquela hora, por isso é importante antes de querer sentir o Toque de Deus, Percebermos Sua Presença, porque se não ficamos pensando que Deus só estava conosco naquele momento, o que não é verdade.Quantas pessoas (sem querer julgar alguém) se afastam da Igreja Católica e procuram Comunidades Eclesiais (igrejas protestantes) porque ouviram dizer que lá as pessoas sentem Deus. Sentir Deus é um “Dom Extraordinário”, mas se não soubemos usa-lo, coitado de nós, ele apenas servirá para nossa perdição.Muitos santos, entre eles Santa (Madre) Tereza de Calcutá uma vez foi interrogada por um das centenas de jornalistas que a perseguia se ela fazia aquilo pelos pobres porque ela sentia Deus neles, os jornalistas ficaram abismados com sua resposta, pois ela disse: “- Na verdade quase não sinto Deus em nada que faço, mas faço porque sei que Deus está Presente neles, quando ajudo um pobre, cuido de um doente, mesmo sem sentir, eu sei que há Deus Presente neles”.Nós precisamos Perceber Deus, quando estamos rejubilando de alegria, quando estamos passando por vales de lágrimas, quando em nossa família tudo está um inferno(literalmente), quando em nosso trabalho somos promovidos, quando na Igreja alguém tem inveja do Ministério que exercemos (infelizmente isso acontece), até mesmo no momento em que acabamos de cometer algum pecado, nós somos chamados a Perceber Deus.Se a situação é de Alegria, de festa, que festejemos com Deus, porque Ele está presente(grave isso não é necessário que o sintamos, Ele está presente), ou se a situação é de Tristeza saibamos “usufruir” desse Deus que é presente, se a situação é de pecados, mesmo quando tenhamos acabo de comete-lo precisamos perceber a Presença de Deus, que não é somente um Deus justiceiro, mas também é Deus Misericordioso e com isso nos arrependermos.Deus é Deus de perto e não de longe, por isso que precisamos saber que quando sentimos presença de Deus não quer dizer que ele vem do Céu e toca em nós, mas sim que o Deus que está ao nosso lado manifesta-se naquele toque.Se hoje você está triste, se chorastes e as pessoas que vivem contigo nem sabem as coisas que você está passando creia que Deus é contigo, tenha certeza que Ele ouve a sua oração quando você chora sozinho(a) no seu quarto quando vai dormir, Ele não fica indiferente em meio a sua dor, ao seu sofrimento.Como Agar você também é convidado a dizer que o nosso Deus é “El-roí”, é Deus de visão, o Deus que nos ver e escuta a nossa oração, vê todos os nosso sofrimentos, todas as humilhações que passamos em nosso dia-a-dia, mas creia que em tudo isso nós “Somos mais que vencedores, porque tudo concorre para o bem dos que amam a Deu” 6 e que Deus está Presente Conosco, Ele é Emanuel, Ele é El-roí, muito mais que isso, ELE TE AMA, DEUS TE AMA! Por isso ele cuida de você e está sempre Presente ao seu lado.
Amém!
Valdeci Junior

1 Cf Gênesis 16. 7-9; 11. 13-14
2 Anjo do Senhor – Nos textos antigos das Sagradas Escrituras, O Anjo do Senhor designa o próprio Senhor
3 Ismael: significa Deus ouve4 Sois El-roí, literalmente: Sois um Deus de visão, o Deus que me vê.
5 Lahai-roí significa: Ao vivo (vivente) que me vê 6 Cf. Romanos 8, 28

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Esperar em Deus é amá-lo

« Porque em Deus está à segurança de nossas vidas confiamos e esperamos nEle»

A esperança cristã não consiste em uma ‘vã esperança’, confiamos em Deus e esperamos no cumprimento de sua Palavra . Esperança equivale a ‘fé’, esperar em Deus é ter uma confiança fidedigna na realização de tudo o que desde toda eternidade ele preparou para nós.
Não podemos ter uma esperança vazia, como alguém que espera que um dia possa receber sem trabalhar, ficar curado sem se tratar, isso não é esperança.
Quando conhecemos o Amor de Deus, como Santa Josefina Bakhita, que nasceu por volta de 1869 - ela mesma não sabia a data precisa – no Darfur, Sudão. “Aos nove anos de idade foi raptada pelos traficantes de escravos, espancada barbaramente e vendida cinco vezes nos mercados do Sudão. Por último, acabou escrava ao serviço da mãe e da esposa de um general, onde era diariamente seviciada até ao sangue; resultado disso mesmo foram as 144 cicatrizes que lhe ficaram para toda a vida. Finalmente, em 1882, foi comprada por um comerciante italiano para o cônsul Callisto Legnani que, ante a avançada dos mahdistas, voltou para a Itália. Aqui, depois de « patrões » tão terríveis que a tiveram como sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um « patrão » totalmente diferente – no dialeto veneziano que agora tinha aprendido, chamava « paron » ao Deus vivo, ao Deus de Jesus Cristo. Até então só tinha conhecido patrões que a desprezavam e maltratavam ou, na melhor das hipóteses, a consideravam uma escrava útil. Mas agora ouvia dizer que existe um « paron » acima de todos os patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, tinha-a criado; mais ainda, amava-a. Também ela era amada, e precisamente pelo « Paron » supremo, diante do qual todos os outros patrões não passam de miseráveis servos. Ela era conhecida, amada e esperada; mais ainda, este Patrão tinha enfrentado pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela « à direita de Deus Pai ». Agora ela tinha « esperança »; já não aquela pequena esperança de achar patrões menos cruéis, mas a grande esperança: eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é boa. Mediante o conhecimento desta esperança, ela estava « redimida », já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus.”
Bakhita conheceu o Amor de Deus e nessa experiência ela sentiu-se livre, pois o amor liberta, o Amor de Deus nos faz livres para Amar.
A Esperança é uma virtude sobrenatural, infundida por Deus na nossa alma, pela qual desejamos e esperamos a vida eterna que Deus prometeu aos seus servos, e os auxílios necessários para alcançá-la. Somente pela experiência de ‘possuir Deus’, não como que se fossemos donos de Deus, mas porque temos Deus em nós, é que usufruímos da graça de esperarmos nEle. “A vida feliz sobre a terra é possível somente na esperança. [...]” , teremos uma vida feliz somente quando nossa esperança estiver no Senhor, o “Paron”. Ao termos esperarmos em Deus declaramos como toda garra que acima de nossos pecados, de nossas fraquezas e limitações nós o amamos de todo o coração e que temos fé nEle.
“A fé é hypostasis das coisas que se esperam; prova das coisas que não se vêem’. Para os Padres e para os teólogos da Idade Média era claro que a palavra grega hypostasis devia ser traduzida em latim pelo termo substantia. De fato, a tradução latina do texto, feita na Igreja antiga, diz: « Est autem fides sperandarum substantia rerum, argumentum non apparentium – a fé é a “substância” das coisas que se esperam; a prova das coisas que não se vêem”. Por isso quando dizemos que esperamos em Deus, ou seja, que cremos nele, mesmo sem a enxergarmos esperamos a vida eterna como nossa felicidade, colocando a nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos na ajuda da graça do Espírito Santo para merecê-la e perseverar até ao fim da vida terrena.
Que Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos, Mater et Magistra, com S. Padre Pio possam interceder a Deus para que possamos amá-lo em nossa esperança e nesse amor alcançarmos no dia da consumação dos tempos a Vida Definitiva, no Reino em que para nós Deus preparou, juntamente com todos os anjos e santos, rendendo ao Supremo Bem a mais Perfeita e Eterna Adoração. Vas honorábile, ensinai-nos a sermos como ti, Tronos de Adoração.




Valdeci Junior – Cerimoniário
Membro da Missão Trono de Adoração

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A MISSA DO PADRE PIO


Recebi há pouco esta entrevista do Padre Pio e não pude deixar de publicá-la, tamanha a grandeza do que ele viveu nessas missas que se tornaram famosas em todo o mundo. Que nossos fiéis e leitores amigos possam tirar dessas palavras um caminho para melhor assistir a sua missa. Queria acrescentar aqui um pequeno comentário: onde fica, depois de se ler esta pungente entrevista, a missa alegrinha dos carismáticos? Que distância entre esta descrição de um verdadeiro Sacrifício realizado no altar, e os shows mundanos, sentimentais e mediáticos dessa nova religião de Vaticano II.

Padre, o Sr. ama o Sacrifício da Missa?

Sim, porque Ela regenera o mundo.

Que glória dá a Deus a Missa?

Uma glória infinita.

Que devemos fazer durante a Missa?

Compadecer-nos e amar.

Padre, como devemos assistir à Santa Missa?

Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz.

Padre, que benefícios recebemos ao assistir à Santa Missa?

Não se podem contar. Vê-lo-ás no céu. Quando assistires à Santa Missa, renova a tua fé e medita na Vítima que se imola por ti à Divina Justiça. Não te afastes do altar sem derramar lágrimas de dor e de amor a Jesus, Crucificado por tua salvação. A Virgem Dolorosa te acompanhará e será tua doce inspiração.

Padre, que é sua Missa?

Uma união sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo. (Dizia-o chorando.)

Que devo descobrir na sua Santa Missa?

Todo o Calvário.

Padre, diga-me tudo o que o senhor sofre durante a Santa Missa.

Sofro tudo o que Jesus sofreu na sua Paixão, embora sem proporção, só enquanto pode fazê-lo uma criatura humana. E isto, apesar de cada uma de minhas faltas e só por sua bondade.

Padre, durante o Sacrifício divino o senhor carrega os nossos pecados?

Não posso deixar de fazê-lo, já que é uma parte do Santo Sacrifício.

O senhor considera a si mesmo um pecador?

Não o sei, mas temo que assim seja.

Eu já vi o senhor tremer ao subir aos degraus do altar. Por quê? Pelo que tem de sofrer?

Não pelo que tenho de sofrer, mas pelo que tenho de oferecer.

Em que momento da Missa o senhor sofre mais?

Na Consagração e na Comunhão.

Padre, esta manhã na Missa, ao ler a história de Esaú, que vendeu os direitos de sua primogenitura, seus olhos se encheram de lágrimas.

Parece-te pouco desprezar o dom de Deus!?

Por que, ao ler o Evangelho, o senhor chorou quando leu estas palavras: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue...”

Chora comigo de ternura!

Padre, por que o senhor chora quase sempre que lê o Evangelho na Missa?

A nós nos parece que não tem importância que um Deus fale às suas criaturas e elas O contradigam e continuamente O ofendam com sua ingratidão e incredulidade.

Sua Missa, Padre, é um sacrifício cruento?

Herege!

Perdão, Padre, quis dizer que na Missa o Sacrifício de Jesus não é cruento, mas a sua participação em toda a Paixão o é. Engano-me?

Não, nisso não te enganas. Creio que tens toda a razão.

Quem lhe limpa o sangue durante a Missa?

Ninguém.

Padre, por que o senhor chora no Ofertório?

Queres saber o segredo? Pois bem: porque é o momento em que a alma se separa das coisas profanas.

Durante sua Missa, Padre, o povo faz um pouco de barulho...

Se estivesses no Calvário, não ouvirias gritos, blasfêmias, ruídos, e ameaças? Havia um alvoroço enorme.

Não o distraem os ruídos?

Em nada.

Padre, por que sofre tanto na Consagração?

Não sejas maldoso... (Não quero que me perguntes isso...)

Padre, diga-me: por que sofre tanto na Consagração?

Porque nesse momento se produz realmente uma nova e admirável destruição e criação.

Padre, por que chora no altar, e que significam as palavras que pronuncia na Elevação? Pergunto por curiosidade, mas também porque quero repeti-las com o senhor.

Os segredos do Rei Supremo não podem revelar-se nem profanar-se. Pergunta-mes por que choro, mas eu não queria derramar essas pobres lagrimazinhas, mas torrentes de lágrimas. Não meditas neste grandioso mistério?

Padre, o senhor sofre, durante a Missa, a amargura do fel?

Sim, muito freqüentemente...

Padre, como pode estar-se de pé no Altar?

Como estava Jesus na Cruz.

No altar, o senhor está pregado na Cruz, como Jesus no Calvário?

E ainda me perguntas?

Como se acha o senhor?

Como Jesus no Calvário.

Padre, os carrascos deitaram a Cruz no chão para pregar os cravos em Jesus?

Evidentemente.

Ao senhor também lhos pregam?

E de que maneira!

Também deitam a Cruz para o senhor?

Sim, mas não devemos ter medo.

Padre, durante a Missa o senhor pronuncia as Sete Palavras que Jesus disse na Cruz?

Sim, indignamente, mas também as pronuncio.

E a quem diz: “Mulher, eis aí teu filho”?

Digo para Ela: “Eis aqui os filhos de Teu Filho”.

O senhor sofre a sede e o abandono de Jesus?

Sim.

Em que momento?

Depois da Consagração.

Até que momento?

Costuma ser até a Comunhão.

O senhor diz que tem vergonha de dizer: “Procurei quem me consolasse e não achei”. Por quê?

Porque nossos sofrimentos de verdadeiros culpados não são nada em comparação com os de Jesus.

Diante de quem sente vergonha?

Diante de Deus e da minha consciência.

Os Anjos do Senhor o reconfortam no Altar em que o senhor se imola?

Pois... não o sinto.

Se não lhe vem o consolo até à alma durante o Santo Sacrifício, e o senhor sofre, como Jesus, o abandono total, nossa presença não serve para nada.

A utilidade é para vós. Por acaso foi inútil a presença da Virgem Dolorosa, de São João e das piedosas mulheres aos pés de Jesus agonizante?

Que é a Sagrada Comunhão?

É toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço. Pede a Jesus que se deixe sentir sensivelmente.

Quando Jesus vem, visita somente a alma?

O ser inteiro.

Que faz Jesus na Comunhão?

Deleita-se na sua criatura.

Quando se une a Jesus na Santa Comunhão, que quer peçamos a Deus pelo senhor?

Que eu seja outro Jesus, todo Jesus e sempre Jesus.

O senhor sofre também na Comunhão?

É o ponto culminante.

Depois da Comunhão, continuam seus sofrimentos?

Sim, mas não sofrimentos de amor.

A quem se dirigiu o último olhar de Jesus agonizante?

À sua Mãe.

E o senhor para quem olha?

Para meus irmãos de exílio.

O senhor morre na Santa Missa?

Misticamente, na Sagrada Comunhão.

É por excesso de amor ou de dor?

Por ambas as coisas, porém mais por amor.

Se o senhor morre na Comunhão, continua a ficar no Altar? Por quê?

Jesus morto permanecia pendente da Cruz no Calvário.

Padre, o senhor disse que a vítima morre na Comunhão. Colocam o senhor nos braços de Nossa Senhora?

Nos de São Francisco.

Padre, Jesus desprega os braços da Cruz para descansar no Senhor?

Sou eu quem descansa n’Ele!

Quanto ama a Jesus?

Meu desejo é infinito, mas a verdade é que, infelizmente, tenho de dizer nada e me causa pena.

Padre, por que o senhor chora ao pronunciar a última palavra do Evangelho de São João: “E vimos sua glória como do Unigênito Pai, cheio de graça e de verdade”?

Parece-te pouco? Se os Apóstolos, com seus olhos de carne, viram essa glória, como será a que veremos no Filho de Deus, em Jesus, quando se manifestar no céu?

Que união teremos então com Jesus?

A Eucaristia nos dá uma idéia.

A Santíssima Virgem assiste à sua Missa?

Julgas que a Mãe não se interessa por seu Filho?

E os Anjos?

Em multidões.

Padre, quem está mais perto do Altar?

Todo o Paraíso.

O senhor gostaria de celebrar mais de uma Missa por dia?

Se eu pudesse, não quereria descer do Altar.

Disseram-me que traz com o senhor o seu próprio Altar...

Sim, porque se realizam estas palavras do Apóstolo: “Eu trago no meu corpo os estigmas de Jesus”. “Estou cravado com Cristo na Cruz.” “Castigo o meu corpo, e o reduzo à escravidão...”

Nesse caso, não me engano quando digo que estou vendo Jesus Crucificado!

(Nenhuma resposta)

Padre, o senhor se lembra de mim na Santa Missa?

Durante toda a Missa, desde o princípio até o fim, lembro-me de ti.

A Missa do Padre Pio, em seus primeiros anos, durava mais de duas horas. Sempre foi um êxtase de amor e de dor. Seu rosto estava inteiramente concentrado em Deus e cheio de lágrimas. Um dia, ao confessar-me, perguntei-lhe sobre este grande mistério:

Padre, quero fazer-lhe uma pergunta.

Dize-me, filho.

Padre, queria perguntar-lhe que é a Missa?

Por que me perguntas isto?

Para ouvi-la melhor, Padre.

Filho, posso dizer-te que é a minha Missa.

Pois é isso o que quero saber, Padre.

Meu filho, estamos na Cruz, e a Missa é uma contínua agonia.

Tirada de Tradition Catolica, nº 141, nov. 98 citando "Assim Falou o Padre Pio" (S. Giovanni Rotondo, Foggia, Itália, 1974) com o Imprimatur de D. Fanton, Bispo Auxiliar de Vicenza.